Parte 2
"As naus, os vendedores de especiarias, não há que enganar era Lisboa Quinhentista", comentou tiagugrilu. Escondem a vespa numa das ruas sujas de Lisboa e vão até ao bairro alto, a uma casa de prostitutas. "Foda-se!" exclama PWFH, "tenho que ir vazar a água à cristaleira!" e sobe um dos lanços de escada que para lá havia. CBlues, que também já não aguenta vai com o PWFH à procura da casa de banho. Mal sabiam eles que na Lisboa Quinhentista a casa de banho era a rua... tentaram todas as portas que passaram até que finalmente uma estava aberta e entraram para espreitar! Ouve-se um grito do outro lado, sem se saber exactamente por que, um gajo estava do outro lado da porta a espreitar pela fechadura. "Desculpe" diz CBlues. "oh! minha grande imbecil, que me vazas a vista tão cedo desta vida descontente", replicou o senhor. CBlues continua "eu não o vi aí atrás da porta, está bem?". "Meu olho é fogo que arde sem eu ver. É ferida que dói que tu não sente. Aí que descontentamento, descontente."
"Vá, também não precisa de exagerar. Olhe, vou fazer aqui um curativo com este paninho preto e vai ver que fica como novo em pouco tempo. Pronto, já está"
"Muito obrigado, menina. Posso saber seu nome?"
"É Dinamene, caro senhor"
"Dinamene.... E o seu, jovem?"
PWFH, não percebendo porque é que CBlues tinha mentido e engasgando-se diz "vais mas é à...aAdamastor... é isso.". E foram-se embora. PWFH pergunta a CBlues porque é que mentiu à cerca do nome, ela responde que não mentiu, o C em CBlues era de Dinamene.
Quando chegam a baixo o resto do grupo encontra-se rodeado de frades, que passavam por lá para usufruir dos serviços das meninas. De pressa apercebem-se que se tratam de inquisidores que se acercaram do grupo devido à indumentária de cores berrantes e aspecto no geral limpo, tão estranho àqueles tempos, tirando o AD que era o único que não destoava.
PWFH tira a camisa, revelando toda o poderio das suas tatuagens, como uma visão infernal e de um tom de voz nos fala horrendo e grosso, que pareceu sair do mar profundo "Aqui espero tomar, se não me engano,de quem me descobriu suma vingança; E não se acabará só nisto o dano". Arrepiam-se as carnes e o cabelo a mim e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo. "Eu sou aquele oculto e grande caralho a quem chamais vós outros Tormentório", continuou. Isto tudo sobre o olhar petrificado dos frades, do homem do olho estragado e dos restantes viajantes do tempo.
Aproveitando a entrada heróica de PWFH, fugiram porta fora em direcção à vespa, montaram e seguiram estrada abaixo, fugindo da inquisição, e assim que atingiram a velocidade necessária lá foram eles, ainda mais longe e desta feita, para o futuro...
Era uma paisagem citadina, que imediatamente tiagugrilu reconhece como a Inglaterra dos 1600! Mais uma vez escondem a vespa e foram à descoberta, agora mais seguros de si, seguem caminho para ver o que aquela época poderá trazer.
Depois de um dia a dizer "beer" em todos os pubs que encontraram pelo caminho, pagando com o ouro que o PWFH gentilmente cedeu para compra de cerveja, cansados e bêbados arrombam uma casa e vão para lá dormir, cada um arranjou um canto escondido para dormir e AD que era mais esperto que os outros deitou-se na cama. Pouco depois ouve-se uma porta a abrir e o som de passos e gente bem disposta, parecia ser um casal, um casal apaixonado. AD vendo que tinha feito asneira em deitar-se na única cama da casa, deixa-se estar o mais sossegado possivel. Ouve o som de passos a dirigir-se ao quarto, parecia os sons de passos masculinos.
"I say! Já te deitaste querida. Nem esperaste que eu te desembrulha-se na noite das nossas núpcias?". Um calafrio gelado percorre o corpo de AD, enquanto pensa que dormir nu numa casa desconhecida é um hábito que há muito devia ter perdido, pensa em todas as maneiras possíveis de fugir desta situação. É nessa altura que o homem destapa a cama onde AD se encontra, este tenta fazer o ar mais natural possivel lembrando-se apenas da uni-expressão da Vera Klodzig. O homem perplexo, foge a gritar perante a visão, gritando "Eu nunca pensei que uma mulher sem roupa fosse assim! Juro que enquanto for vivo nunca mais tocarei numa mulher ou olharei para uma vagina, que coisa horrorosa! Dedicarei a minha vida apenas à ciência, será essa a minha esposa!"
Eles fugiram da casa, bêbados, a rir em direcção à vespa, enquanto AD contava o que se tinha passado "Opá, quem é que seria?" Perguntaram. "Provavelmente ninguém que a gente venha algum dia a ouvir falar e neste caso a gerar descêndencia." e seguiram a rir em direcção a um sítio onde pudessem comer.
Chegados ao que parecia ser o restaurante mais nojento de sempre, pedem qualquer coisa para comer. Grassa pede que lhe fritem um pouco de peixe panado, com batatas fritas à parte e o resto do pessoal pede a mesma coisa. O empregado estranhou um pouco o pedido, mas assim que viu o ouro do PWFH, foi imediatamente à cozinha. Assim que chega o prato à mesa Grassa estranha que não lhe seja colocada nenhuma faca de peixe junto ao prato, intrigado resolve perguntar ao dono se existe o conceito de faca de peixe, naquelas zonas, o homem diz que não percebe do que ele está a falar e grassa passa a explicar para que serve a faca de peixe. Quando acabou o dono parecia maravilhado com o conceito, uma faca apenas dedicada à degustação de peixe. Grassa que não mais pensou no assunto, foi comer enquanto que o senhor do restaurante se dirigiu ao ferreiro mais próximo. Quando acabaram pediram café, que veio com xiripiti que guardaram para a viagem e foram para a vespa.
Mais uma vez, encosta abaixo, lá vão eles em direcção ao desconhecido.
Foush paz PUm! Pa!
Parece ser o futuro estão dentro de uma casa e acidentalmente o sidecar onde seguia grassa e CBlues bate numa cadeira, no preciso momento em que se ia sentar-se um velhinho de olhar doce e terno, que acaba por bater com o cú no chão.
"Cerejeira! Ai que eu caí da cadeira. Guarda!" grita ele. Tiagugrilu não perde um momento, liga outra vez a vespa e dirige-se ao portão de saída. Aparece a guarda que dispara sobre o grupo mesmo na altura em que tiagugrilu acelera aos 47,5 km/h...
a ser concluído...
11 comentários:
mais umas horas e acabo a última.
Eheheeeeeeeh!
Muito fixe. Isto agora parece daquelas BD's que divertem e ensinam a pequenada!
Épico!
Sou eu o responsável pela falta de descendência do Isaac?! Porreiro, pá.
Ainda não li a 3ª parte, mas não resisto a perguntar: que drogas tomaste hoje, A? Quem é o teu dealer? E, mais importante do que tudo o resto, tens disso que possas dispensar?
ehehehehe, se eu vos dissesse quantas ideias tive que ter até chegar a esta e depois ter de escolher as que podia escrever para não ficar muito aborrecido e repetitivo... foi um dia perdido :p
mas respondendo à tua pergunta, gata. eu arranjo a minha cena no bairro do ingote, se quiseres dou-te o número da porta.
AD, eu se fosse a ti não ficava tão contente, em certa parte ficas responsável por termos de aprender cálculo,
Olha que aquilo foi um elogio, ok?
Ainda não demoliram o Ingote? E ainda se vai para lá no 27?
foi assim que entendi, gata, como um elogio. para dizer a verdade, é assim que eu entendo tudo o que me dizem :D
sim, ainda existe. o 27 continua a deixar ás as pessoas e a polícia continua a tira-las de lá.
Diz que há uns que nunca chegam a sair. Diz, que eu cá nunca vi...
E eu estava a responder ao comentário que fizeste o favor de apagar...
oh! qual? aquele que dizia exactamente a mesma coisa mas por palavras menos engraçadas como por exemplo ambulância?
Desculpa, mas ambulância faz-me rir.
Especialmente desde que ouvi aquela anedota do azul, azul, azul.
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