O trilho que levava ao castelo era longo e íngreme, poeirento, e a vegetação escassa. Anoitecia, e consigo a escuridão trazia todo o tipo de bicheza desagradável e barulhenta.
O Grupo avançava decidido, inclinado para a frente como que puxado por uma força magnética que os atraía para um final desconhecido.
CBlues tomava a dianteira, sedenta de sangue e vingança, e arrastava atrás de si uma orde vibrante e compacta que comungava um mesmo pensamento. O que mexer morre!
Chegados à principal entrada do castelo, uma construção medieval, arruinado por batalhas de outros tempos, uma morada inóspita, mas o local perfeito para o plano maquiavélico perpetrado por Inga Ndas Mamas Emmanuelle. Eliminar Grassa e o último grupo de imortais.
CBlues pára e todo o grupo estanca à sua ordem. O silêncio ecoa em redor do fosso pútrido que rodeia o castelo. Nada, nem uma brisa, nem uma luz, nem um suspiro. Algo de terrível estava para acontecer.
Trrrraaaaaaaa rrrrrrrr …p…PPP
PWFH solta um peido, abafado logo de seguida pelo riso por entre fiapos de bigode, de Grilu. “Pareço uma panela de pressão prestes a anunciar que as couves estão cozidas” solta impaciente PWFH.
O grupo não desarma, CBlues não perde a concentração, nem mesmo com o sussurro Safístico das espadachinas que agonizam com os ares do momento.
“Vamos a isto!” Enuncia CBlues. “Todos sabem o que têm a fazer, Unidos não cairemos em des_Grassa.”
A, avança até ao portão, bate 3 vezes, pancadas secas e vigorosas, e grita “Dica da Semana”.
NADA … SILÊNCIO
Algo acontece no interior do castelo, algo inaudível, invisível, incolor, mas que lhes cheirava mal como caralho! (E desta vez não tinha sido PWFH)
O portão abre-se, rangendo e resmungando de ódio, todas as cabeças avançam para o limiar da entrada e a Gata serpenteia por entre as pernas humanas até esticar os bigodes para o interior.
Todo aquele edifício não era mais que um único espaço a céu aberto, cercado por uma muralha em ruína. O que por fora lhes parecera um complexo castelo, não passava de uma fachada que esconde no seu interior uma arena onde no centro se ergue um altar tosco, em pedra, envolto de pequenas velas que quase se extinguem com o AHHHHHH geral incrédulo dos nossos heróis que se sentem reduzidos na sua escala perante macabro cenário.
Chegaram mesmo em cima do acontecimento. Inga presidia ao altar, envergando um traje cerimonioso, misto de glamour, bruxaria e putaria. Num tecido que, mais parecia ter vida e que lhe escorria pelas longas e firmes coxas, deixando-lhe destapados os grandes e proeminentes seios que projectavam a sombra trémula nas grandes muralhas que encerravam o espaço. No altar, um pequeno ser, embrulhado numa mantinha estava um bebé sobrancelhudo e rosado, de pêlos ruivos nos mamilos. Era Grassa.
A vilã mamalhuda tinha-lhe sugado a vida, a força, a sabedoria e a pixa. Grassa tinha-se deixado levar pela luxúria, e Inga sedenta de poder tinha-lhe extraído tudo, deixando-o vazio, num poderoso boquinácio.
A Sueca Tetuda apercebe-se da presença dos pequenos guerreiros imortais e envolve-se numa espiral de poeiras, almas predatórias, confétis e fogo de artifício, e sob esta capa de magia transforma-se numa terrível entidade tentacular, rugosa porosa e rosada envolta por um escudo aureolar penugento.
Um MAMILO GIGANTE.
Pregados ao chão e embasbacados entreolham-se e em simultâneo desembainham as espadas num único chiar de metal faíscante e reflector, desencadeando algo inesperado que viria a equilibrar a balança deste alucinante ajuste de contas entre imortais.
Sem gritos parvos, truques mágicos, coreografias ensaiadas ou Kahmehaaaaamééés, os oito, fundem-se num poderoso ser imortal.
O SUPREMUS GRILADISAFHAWITA BLUE BOTAS.
Um guerreiro poderoso, armado com um machado de dois gumes e uma moca de Rio Maior.
O SUPREMUS GRILADISAFHAWITA BLUE BOTAS era um misto de padeira de Aljubarrota, tatuada, com bigode e cremalheira cerrada de pontiagudas e cortantes serras doiradas, um guerreiro esguio e sensual como uma felina bailarina de varão.
Os dois poderosos seres encaram-se, e num cerrar de músculos partem um para o outro. O Estrondoso embate é inevitável. No centro da arena cruzam-se como dois cavaleiros medievais e páram de costas, avaliando qual o estrago que desferiram um ao outro. Ambos saíram ilesos ao choque. Arfam de raiva e ódio e espumam faúlhas de imortalidade. Partem de novo para o choque e explodem noutro confronto monumental que só poderia deixar um deles de pé.
Grassa no centro aterrorizado com tamanha alarvidade buçal, borra a fralda e com quem não quer a coisa lança-a para o chão da arena no momento exacto da arrancada do mamilo gigante, que num Drift de tracção mamilar integral se esmerda na moca de pregos do Supremus e explode num turbilhão de leite e silicone.
A, AD, CBlues, Gata, Isa, Nawita, Grilu e PWFH sentados nochão, envoltos em espuma de cappucino azedo, olham em redor como se tivessem aterrado naquele mesmo momento sem perceber puto do que se passou ali, mas todos com um secreto alívio de que tudo terá terminado.
Sim. Com os primeiros raios de dia que inundam o espaço já inundado de restos de mama explodida os grupo de amigos encontra-se salvos mas, não sãos, e mais unidos que nunca. Todos eles semicerram os olhos e olham para o novo céu. Todos menos CBlues, que olha para o seu Grassa e decide adoptá-lo como filho, já que de outro modo, o Grassa semi-adulto que tinha conhecido nunca lhe poderia vir a dar esse sentimento maternal de perpetuação de vida imortal.
THE END
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26 comentários:
Fuckin' amazing, pá!
E sempre houve fogo de artifício!
Clap, clap, clap!!! Vénia. Clap, clap, clap!!!
ps - podemos pôr o Where is my mind no fim, ou não?
ahahah que final brutalmente épico! parece um misto de turbo rangers e uma trip de ácidos qualquer!
SUPREMUS GRILADISAFHAWITA BLUE BOTAS, provavelmente a personagem com mais potencial de sempre! e o grassa ainda sai a ganhar, agora basta chorar para que lhe dêem de mamar.
a gente devia fazer estas estórias há mais tempo! o que temos andado a perder.
boa ideia gata, vou experimentar ler com o where is my mind a tocar por trás.
Estou Do avesso!! Nem sei que te diga, está fantástico!
Devia ser erigida uma estátua ao SUPREMUS GRILADISAFHAWITA BLUE BOTAS!!
Uma nota de esperança no final e tudo!! Emocionante!
A, põe o Huuuu! Stop! naquela parte em que estamos sentados no chão, com os olhos semicerrados, a olhar para o céu e deixa correr a partir daí
gata... fica mesmo, mesmo muito bom!!
E o gozo que me deu durante a hora do almoço a idealizar a trama deste épico de faca e alguidar.
escreveste isto à hora de almoço? como é que explicas às pessoas o que estás a fazer com o teu caderno e lápis?
Mentalmente A, mentalmente!
Apesar de que o meu ar de poeta popular qual Bocage do sec XXI, não enganaria ninguém.
Até desliguei a música para ler isto com toda a atenção que merece. Está brutal. Um final épico digno de um JRR Tolkien ou JR Ewing.
Pás, isso do Where Is My Mind é o dos Pixies ou o dos Placebo?
Só te digo... eu estava "lá", a viver aquilo tudo como se fosse real !!!
Soberbo e com o final perfeito!!!
confesso que foi ao som da versão do james blunt... sim, eu também me sinto envergonhado.
AD,
tanto faz! O original é sempre melhor, mas o Brian Molko é mais bonito... Também podes ver o 2 em 1: http://www.youtube.com/watch?v=vnRTJ-iThq4
(A, esqueci-me de como se fala em links, podes-me relembrar como se faz, por favor?)
tenho que tar sempre a explicar o mesmo...
< a href="linque">nome do linque< / a >
James quê?! Bolas, pá...
Isso é como dizer que o The man who sold the world é um original dos Nirvana! Estou tramada contigo, estou, estou!
não é? no outro dia também ouvi uma versão muito fixe do david bowie.
isso tudo!
O David Bowie tem umas covers fixes. No outro dia ouvi uma do Waiting For The Man dos Orchestral Manoeuvers In The Dark.
Bem pessoal, bom fds, vou-me retirar para ir ver o Glorioso equanto saboreio uma bela sande de coirato com uma refrescante jola!
Desculpem, mas eu não falo mais com vocês. Vou ali rever o video do where is my mind pela 538ª vez e relembrar um dos melhores concertos da minha vida. Com licença.
LIIIIIIIIIIIIIIINDO!!!
Abdiquei do "conta-me como foi" e tudo!
Pá, já vos disse que vos adoro?
Se calhar, já.
E eu já voltei?
Se calhar, não.
Tiagu,
A bem dizer isto é uma espécie de Conta-me Como Foi. Ou Conta-me Como Devia Ter Sido.
Grassa,
A Inga era como a Victoria Silvstedt mas mais sexy. Espero que tenhas disfrutado.
Aquilo também já era um episódio repetido. Ao contrário destes, sempre fresquinhos.
Pessoal, conseguiram narrar na perfeição o que de facto se passou lá prós lados da Escócia. Todos os rumores sobre aquela região são o mais fidedignos possíveis, todos os escoceses são louros e andam a cavalo em tronco nu só de saia (mesmo o gaijedo) e a principal actividade a seguir à pastorícia é de facto a imortalidade, depois lá por volta das 6 da tarde vai tudo prós pubs rebentar a boca uns aos outros por causa de um disputado jogo de Curling - muito agradável.
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